Achados endoscópicos na esofagite eosinofílica: uma revisão sistemática

Diego Rodrigues de Souza Tavares, Elenio Melo de Almeira, Thiago Crespo Queiroga

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Endoscopia Digestiva

FCMS/JF

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Esofagite, Esofagite eosinofílica, Eosinófilos, Endoscopia

Introduction. Eosinophilic esophagitis (EoE) is increasingly recognized in adult and pediatric populations. Its clinical characteristics, such as food impaction and dysphagia; biopsy specimen showing more than 15 eosinophils / high power field (HPF); and exclusion of other disorders associated with clinical, histological or endoscopic features such as EOE. Endoscopic findings may be of great relevance in the diagnosis and followup of the disease. Objectives. To verify, through a systematic review, studies describing symptoms and endoscopic findings in patients with EOE. Methods. We analyzed the studies originally published in the English language, in the last ten years, using the MEDLINE database (National Library of Medicine). Diagnoses, primary symptoms and endoscopic findings. Two independent reviewers judged the levels of evidence from the assessed studies. Results. Twelve studies, which meet the selection criteria, were included in the scope of the review. The most frequent symptoms associated with EoE were dysphagia and food impaction and the endoscopic findings were grooves, esophageal mucosa with crepe paper, rings, stenosis and esophagus trachealization. Conclusion. Common symptoms of EOE, such as dysphagia, can direct the patient to an endoscopic investigation. During this procedure, many findings can be visualized as indicative or confirmatory of the disease as non-cartilaginous "tracheal" esophagus, rings, undulations and whitish plaques from the inflammatory process. However, in the presence of symptoms and a normal esophagus or subtle comic may require a biopsy, since in some patients these endoscopic findings are not evident.

Introdução. A esofagite eosinofílica (EoE) é cada vez mais reconhecida em populações adultas e pediátricas. Suas características clinicopatológicas incluem sintomas como à impactação alimentar e a disfagia; espécime de biópsia mostrando mais de 15 eosinófilos/campo de alta potência (HPF); e exclusão de outros distúrbios associados a características clínicas, histológicas ou endoscópicas similares a EoE. Os achados endoscópicos podem ser de grande relevância no diagnóstico e acompanhamento da doença. Objetivo. Verificar, por meio de uma revisão sistemática, os estudos com sintomas e achados endoscópicos em pacientes com EoE. Métodos. Foram analisados os estudos publicados originalmente na língua inglesa, nos últimos dez anos, tendo como referência a base de dados MEDLINE (National Library of Medicine). Foram considerados os estudos de maior evidência científica e os desfechos selecionados foram: diagnóstico, sintomas primários e achados endoscópicos. Os níveis de evidências dos estudos apreciados foram julgados por dois revisores independentes. Resultados. Fizeram parte do escopo dessa revisão 12 estudos, que preencheram os critérios de seleção. Os sintomas mais frequentes associados a EoE foram a disfagia e a impactação alimentar e os achados endoscópicos foram sulcos, mucosa esofágica com aspecto de papel “crepe”, anéis, estenose e traquealização do esôfago. Conclusão. Sintomas comuns da EoE, como a disfagia, podem direcionar o paciente para uma investigação endoscópica. Durante este procedimento, muitos achados podem ser visualizados como indicativos ou confirmatórios da doença como esófago "traquealizado" não cartilaginoso, anéis, ondulações e placas esbranquiçadas, oriundos do processo inflamatório. No entanto, na presença de sintomas e de um esôfago normal ou com alterações sutis, podem necessitar de investigação por biópsia, haja vista, que em alguns pacientes esses achados endoscópicos não são evidentes.