Adequação postural em crianças com paralisia cerebral: padrão ou personalização nas cadeiras de rodas?

André Luiz Polidoro Cordeiro, Fabíola Paula da Silveira , Gleiciane Teixeira Araújo

Manuella Barbosa Feitosa

Pricila Mara Novais de Oliveira

Maria Filomena A. Linhares Barão Loia

Zaqueline Fernandes Guerra

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Fisioterapia

FCMS/JF

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Paralisia celebral, Cadeira de rodas, Postura, Escoliose, Tecnologia assistiva

Introduction: Children with cerebral palsy (CP) have deficits in posture, movement and tonus, requiring adapted wheelchairs to maintain a good body alignment. Objective: To characterize the profile of use and adaptations found in wheelchairs, as well as the joint deformities installed in children with PC. Method: This is a cross-sectional observational study that evaluated children with PCs classified in the GMFCS IV or V. Data collection was performed through the application of a structured questionnaire, wheelchair evaluation and the photo of the participants. Results: The sample consisted of 20 children, 70% male, predominantly GMFCS V, with a mean age of 10.66 (± 4.22) years. Most children have been used the wheelchair for 5-10 years; Remained in the chair less than 6 hours a day. Almost all of them never performed periodic adjustments in the chair. The main joint deformity installed was hip dislocation (70%) and the majority presented scoliosis classified as functional, in C, at the thoracic level. There is a pattern of adaptations present in most chairs, but it is worthy mentioning that only 10% had an "abductor horse". Conclusion: There is a pattern of wheelchairs, with basic adaptations, but they are not customized and do not undergo periodic revisions, which jeapardize the maintenance of the ideal alignment, compromising the prevention of joint deformities and the quality of life of these children.

Introdução: Crianças com Paralisia cerebral (PC) apresentam déficits na postura, movimento e tônus, necessitando de cadeiras de rodas adaptadas, para manter um bom alinhamento corporal. Objetivo: Caracterizar o perfil de uso e as adaptações encontradas nas cadeiras de rodas, bem como as deformidades articulares instaladas nas crianças com PC. Método: Trata-se de um estudo observacional transversal onde foram avaliadas crianças com PC classificadas no GMFCS IV ou V. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário estruturado, avaliação da cadeira de rodas e da fotografia da coluna vertebral dos participantes. Resultado: A amostra foi composta por 20 crianças, 70% do sexo masculino, predomínio GMFCS V, com média de idade de 10,66 (± 4,22) anos. A maioria das crianças faziam uso de cadeira de rodas há 5-10 anos; permaneciam na cadeira menos de 6 horas por dia. Quase a totalidade nunca realizou ajustes periódicos na cadeira. A principal deformidade articular instalada foi a luxação de quadril (70%) e a maioria apresentou escoliose classificada como funcional, em C, ao nível torácico. Existe um padrão de adaptações presentes na maioria das cadeiras, mas cabe ressaltar que apenas 10% possuíam “cavalo abdutor”. Conclusão: Existe um padrão de cadeiras de rodas, com adaptações básicas, porém não são personalizadas e não passam por revisões periódicas o que prejudica a manutenção do alinhamento ideal comprometendo a prevenção de deformidades articulares e a qualidade de vida dessas crianças.