Adjuvantes no bloqueio periférico de membro superior: comparação entre clonidina, dexmedetomidina, epinefrina e dexametasona: uma revisão sistemática

Igor Ferreira Arantes, Jhonatan Oliveira Lucateli

Daniele Barros Cazarim de Oliveira

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Anestesiologia

FCMS/JF

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Bloqueio nervoso, Nervos periféricos, Adjuvantes, Anestesiologia

Objective. This article aims to compare the effects of epinephrine, clonidine, dexmedetomidine and dexamethasone as adjuvants in upper limb peripheral nerve block in terms of sensory and motor blockade time, adverse effects and blockade quality. Methods. A systematic review of the literature was carried out, with a qualitative and exploratory methodology, with the sampling period from 2012 to 2022. The databases consulted for the systematic review were Pubmed - MEDLINE (National Library of Medicine) as the main database, the data from the Brazilian Society of Anesthesiology and SciELO (Scientific Electronic Library Online), as complementary bases. Results. Ten clinical, prospective, randomized double or triple blind studies were analyzed. The findings in the sample of articles demonstrate that dexamethasone has the best analgesia time, being 20 hours, when compared to the other adjuvants analyzed. Regarding sensory and motor blockade time, dexamethasone produces greater blocks at 19 hours and 18 hours, respectively. Dexmedetomidine is classified as the second longest blockade time, with the sensory block lasting 14:30-16 hours and the motor block between 11-15 hours. Dexmedetomidine (DEX) was the adjuvant that presented the most adverse effects such as bradycardia, hypotension, nausea, vomiting, drowsiness, sedation and memory loss. Regarding dexamethasone, there were no reports of adverse effects or any complications. Conclusions. Dexamethasone presents better results when used as an adjuvant in peripheral blockade among the four analyzed medications, as it determines longer sensory and motor blockade time, as well as longer duration of analgesia, with no reports. of adverse effects.

Introdução. Este artigo tem como objetivo comparar os efeitos da epinefrina, clonidina, dexmedetomidina e dexametasona como adjuvantes no bloqueio dos nervos periféricos de membros superiores em relação ao tempo de bloqueio sensitivo e motor, efeitos adversos e qualidade do bloqueio. Método. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com metodologia qualitativa e exploratória, com o período de amostragem de 2012 a 2022. As bases de dados consultadas para a revisão sistemática foram a Pubmed - MEDLINE (National Library of Medicine) como base principal, a base de dados da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e a SciELO (Scientific Eletronic Library Online), como bases complementares. Resultados. Foram analisados 10 estudos clínicos, prospectivos, randomizados duplos ou triplos cego. Os achados na amostragem de artigos demonstram que a dexametasona possui o melhor tempo de analgesia, sendo de 20 horas, quando comparada aos outros adjuvantes analisados. Em relação ao tempo de bloqueio sensitivo e motor, a dexametasona produz maiores bloqueios com 19 horas e 18 horas, respectivamente. A dexmedetomidina é qualificada como segundo maior tempo de bloqueio, sendo o sensitivo de 14:30-16 horas e o motor entre 13-15 horas. A dexmedetomidina (DEX) foi o adjuvante que apresentou mais efeitos adversos, sendo eles bradicardia, hipotensão, náuseas, vômitos, sonolência, sedação e perda de memória. Sobre a dexametasona não houve relatos de efeitos adversos ou qualquer complicação. Conclusão. A dexametasona apresenta melhor resultado no seu uso como adjuvante no bloqueio periférico entre as quatro medicações analisadas, pois determina maior tempo de bloqueio sensitivo e motor, assim como maior tempo de analgesia, sem relatos de efeitos adversos.