Objetivo: avaliar por meio da escala Neonatal Facial Coding System (NFCS), a expressão da dor manifestada pelos recém-nascidos, inseridos em uma Unidade Intermediária e uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, submetidos a intervenções terapêuticas. Métodos: Foram avaliados 40 neonatos de ambos os sexos, entre os meses de abril e junho de 2010, selecionados por conveniência, internados na Unidade Intermediária e na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, em condições clínicas favoráveis à avaliação, tendo como base a escala NFCS, onde foram observados os movimentos faciais do paciente antes, durante e após as intervenções terapêuticas. Os dados obtidos foram analisados no programa GraphPed, buscando um resultado, estatisticamente significativo ao nível de p=0,05. Foram excluídos: crianças maiores de 28 dias; neonatos que tiveram a recusa dos pais ou responsáveis para a participação; sedados; com diagnóstico clínico de malformações congênitas, síndromes cromossômicas ou alterações neurológicas clínicas que restrinjam movimentos faciais e intubados.
Resultados: Houve prevalência de escores indicativos de dor na amostra avaliada. Comparando-se os escores obtidos antes da execução dos procedimentos com aqueles obtidos durante e os escores obtidos antes com aqueles obtidos depois dos procedimentos, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05). Foram observados escores elevados de dor para ambos os sexos. As variáveis de temperatura, freqüência cardíaca e freqüência respiratória apresentaram um aumento durante as intervenções terapêuticas e se mantiveram elevadas após as mesmas. Quanto à idade gestacional e ao peso a mediana dos escores de dor não superou os 5 pontos. Os neonatos que apresentaram intercorrências durante o parto obtiveram escores maiores para a dor. Os procedimentos avaliados, além de serem invasivos, mostraram-se dolorosos, pois apresentaram escores elevados.
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