Avaliação sobre pré-natal, profilaxia anti-retroviral, parto e transmissão vertical em gestantes portadoras de HIV acompanhadas por serviço de referência em Juiz de Fora e macro região

Hugo Ernani de Andrade, Valmer Feres Vignoli, Amanda de Almeida Sales

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Saúde da Família e Comunidade

FCMS/JF

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Gestantes, HIV, Pré-natal, Profilaxia anti-retroviral, Cesariana

No Brasil existem poucos estudos correlacionando dados epidemiológicos do diagnóstico de HIV com a profilaxia anti-retroviral (no prénatal, no parto e na criança) e a redução do risco de transmissão vertical. Esta pesquisa teve como objetivos analisar se os passos preconizados para reduzir a transmissão materno-infantil foram seguidos corretamente e qual foi o real impacto destes procedimentos no desfecho final desejado. Com tal fim, foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo através da análise de todas as fichas de notificação compulsória (SINAN) das gestantes que realizaram prénatal em serviço de referência especializado em HIV/ AIDS de Juiz de Fora e macro região, no período de janeiro de 2000 a meados de 2008. Desta forma, foram analisadas 409 gestações de 333 mulheres e observamos que a maioria destas mulheres já conhecia o diagnóstico e mesmo assim optou por engravidar. Além disso, a maior parte das gestantes iniciou o pré-natal após primeiro trimestre, retardando o início da profilaxia anti-retroviral. Notou-se ainda que o desfecho mais comum para as gravidezes foi a cesariana eletiva e que houve superioridade no número de mulheres e crianças receberam corretamente a profilaxia durante e após o parto, porém, o índice de crianças que tornaram-se soropositivas foi superior ao recomendado pela OMS.