Cinesioterapia para os músculos do diafragma pélvico em mulheres com perdas urinárias aos esforços e seu impacto na sexualidade

Carla Alexandrina de Mattos Resende, Natália Santos Damasceno, Sarah Silva Santos

Nathália de Souza Abreu

André Gustavo Fernandes de Oliveira

Luciana de Cássia Cardoso

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Fisioterapia

FCMS/JF

Selecione

Incontinência urinária, Sexualidade, Fisioterapia, Diafragma pélvico

INTRODUÇÃO: A incontinencia urinária é um distúrbio frequentemente observado em mulheres de diversas faixas etárias constituindo-se um relevante problema de saúde pública. È definida como perda involuntária de urina e repercute na vida social, ocupacional, psicológica, física, económica e na sexualidade. OBJETIVOS: Investigar o impacto da cinesioterapia para os músculos do diafragma pélvico nos quesitos redução das perdas urinárias, sexualidade e qualidade de vida de mulheres incontinentes. MATERIAIS E MÉTODOS: Ensaio clínico aberto, prospectivo, não randomizado, composto por 8 mulheres sexualmente ativas com queixa clinica de perdas urinárias aos esforços. Foi realizado anamnese e exame fisico individuais, aplicados os questionários International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form, Incontinence Severity Index e escala Quociente Sexual - Versão Feminina e intervenção através de um protocolo de tratamento fisioterapêutico que envolveu exercícios para os músculos do diafragma pélvico, realizados três vezes por semana durante quatro semanas, totalizando 12 sessões. RESULTADOS: Houve redução das perdas de urina (p=0,02), melhora importante na qualidade de vida conforme os escores do International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form (p=0,02), quanto à satisfação sexual, avaliada pela escala Quociente Sexual - Versão Feminina, não houve diferença significativa (p= 0,29). CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo permitem concluir que o protocolo cinesioterapêutico utilizado foi eficaz na redução das perdas urinárias e na qualidade de vida, mas não na satisfação sexual na amostra estudada.