Colonização por Staphylococcus Aureus resistente a meticilina (MRSA) em pacientes das unidades de terapia intensiva de um hospital de ensino de Minas Gerais

Isabela Aparecida Ribeiro da Silva

Patricia Guedes Garcia

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Análises Clínicas e Toxicológicas

FCMS/JF

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MRSA, Unidade de terapia intensiva, Vigilância epidemiológica

Reasons. One of the most worrying problems of public health in Brazil and worldwide are the Infections Related to Health Care (IRAS), which are those acquired during caring. In the hospital environment, especially in Intensive Care Units (UTI), the emergence of multi-resistant bacteria has been progressive and major threat, so the spread of methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) is becoming a major challenge. Objective. The aim of the study was to identify the prevalence of MRSA in epidemiological surveillance cultures of nasal swab samples from hospitalized patients. Methods. This is a retrospective descriptive cross- sectional study which analyzed the results of nasal swab cultures collected weekly for inpatients in UTI's adult, pediatric and neonatal of a Hospital of Minas Gerais Education in the period January-July 2014 in recorded in the hospital's microbiology lab books. Results. This study was approved by the Research Ethics Committee opinion of the number 948 342. 461 nasal swab samples were analyzed, with 388 from 73 adult UTI and the UTI and pediatric, 45 (9.7%) samples were positive for MRSA, 40 (88,9%) of adult UTI and 5 (11,1%) of neonatal and pediatric UTI. Conclusion. Hospitalized patients colonized by MRSA are the main reservoir and source of spread, which reinforces the importance of microbiology laboratory service, the need for epidemiological surveillance cultures and decolonization for anticipating or investigation of outbreaks of infection in a hospital.

Fundamentação. Um dos mais preocupantes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo são as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), que são aquelas adquiridas durante a prestação de cuidados. No ambiente hospitalar, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), a emergência de bactérias multirresistentes tem sido progressiva e de grande ameaça, portanto a propagação do Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) tem se tornando um grande desafio. Objetivo. Identificar a prevalência de MRSA em culturas de vigilância epidemiológica de amostras de swab nasal de pacientes hospitalizados. Métodos. Trata-se de um estudo transversal descritivo retrospectivo onde foram analisados os resultados de culturas de swab nasal coletados semanalmente dos pacientes internados nas UTI´s adulto, neonatal e pediátrica de um Hospital de Ensino de Minas Gerais, no período de janeiro a julho de 2014 em registrados nos livros do laboratório de microbiologia do hospital. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa número do parecer 948.342. Resultados. Foram analisadas 461 amostras de swab nasal, sendo 388 provenientes da UTI adulto e 73 da UTI neonatal e pediátrica, 45 (9,7%) amostras foram positivas para MRSA, sendo 40 (88,9%) da UTI adulto e 5 (11,1%) da UTI neonatal e pediátrica. Conclusão. Os pacientes internados colonizados por MRSA constituem o principal reservatório e fonte de propagação, o que reforça a importância do serviço do laboratório de microbiologia, da necessidade das culturas de vigilância epidemiológica e da descolonização para a antecipação ou investigação de surtos de infecção em um hospital.