COVID-19 o que mudou nos atendimentos odontológicos: uma revisão sistemática

Christiane Carneiro de Oliveira, Gabriel Bhering Faria Machado Pires, Rafael Arantes Soares Reis

Cleide Gisele Ribeiro

Paulo Sérgio dos Santos D´Addazio

Jessica do Amaral Bastos

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Odontologia

FCMS/JF

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COVID-19, Odontologia, Desinfecção, Controle de infecções

Introduction: The emergence of SARS-CoV-2- brought numerous challenges to Dentistry since dental offices are places of great spread of contagious diseases due to the aerosol that is dispersed very close to the main contagion routes, such as: mouth, nose and dentist's eyes. Health professionals often need patients too close to perform the procedures, increasing the risk of disease transmission. Objective: Evaluate the literature available in relation to mouthwashes available to reduce viral load and its effectiveness, techniques and materials available for disinfecting surfaces in dental offices and an update of available personal protective equipment. Methods: An electronic search was conducted using the PubMed databases. The proposal was to select studies originally published in English until August 2020 using the terms "Covid- 19" + "Dentistry" and "SARS-COV-2" + "Dentistry". Results: The online search strategy listed 537 articles. After analyzing the inclusion of studies evaluating titles and abstracts, 92 (17.1%) studies were selected. After evaluating the full articles, only 67 (12.4%) articles were related to the scope of this systematic review.Conclusion: With regard to mouthwashes, 1% hydrogen peroxide and 0.2% povidone-iodine were more effective in reducing viral load; solutions containing alcohol or hypochlorite had a significant effect on the inactivation of SARS-CoV-2 on contaminated surfaces, requiring health professionals to receive guides with basic guidelines to avoid an increase in cross-contamination, consequently of the infection curve.

Introdução: O surgimento do SARS-CoV-2- trouxe inúmeros desafios para a Odontologia visto que os consultórios odontológicos são locais de grande propagação de doenças contagiosas devido ao aerossol que é dispersado bem próximo às principais vias de contágio, como: boca, nariz e olhos do cirurgião-dentista. Profissionais da saúde necessitam, muitas vezes, de uma proximidade demasiada dos pacientes para execução dos procedimentos aumentando o risco de transmissão da doença. Objetivo: Avaliar a literatura disponível em relação a enxaguatórios disponíveis para redução da carga viral e sua efetividade, técnicas e materiais disponíveis para a desinfecção de superfícies dos consultórios odontológicos e uma atualização dos equipamentos de proteção individuais disponíveis. Métodos: Uma pesquisa eletrônica foi conduzida usando os bancos de dados do PubMed. A proposta foi selecionar estudos publicados originalmente em inglês até agosto de 2020 utilizando os termos “Covid-19”+“Dentistry” e “SARS-COV-2”+“Dentistry”. Resultados: A estratégia de busca online listou 537 artigos. Após a análise para inclusão dos estudos avaliando títulos e resumos, 92 (17,1%) estudos foram selecionados. Após a avaliação dos artigos na integra, apenas 67 (12,4%) artigos estavam relacionados ao escopo dessa revisão sistemática. Conclusão: Com relação aos enxaguatórios bucais, o peróxido de hidrogênio 1% e o iodopovidona 0,2% foram mais eficazes para redução da carga viral; soluções contendo álcool ou hipoclorito apresentaram um efeito significativo na inativação do SARS-CoV-2 em superfícies contaminadas, sendo necessário que profissionais da saúde recebam guias com orientações básicas para evitarmos um aumento de contaminação cruzada, consequentemente da curva de infecção.