Cuidado paliativo em pacientes na unidade de terapia intensiva

Marina de Oliveira Montessi, Patrícia Moreira Costa, Rafaela Segregio Maria dos Reis

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Medicina Intensiva

FCMS/JF

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Cuidado paliativo, Unidade de terapia intensiva, Pacientes terminais

Introduction. Palliative care is a series of non-curative patient-oriented approaches aimed at maintaining the well-being of patients and their families, extinguishing aggressive and unnecessary interventions. In the Intensive Care Unity (ICU) setting, these patients need to be promptly identified by the health care team who must be ready to provide the actual care that this individual needs in a delicate time of impending death. The purpose of this study was to verify the palliative care interventions in patients admitted to the ICU. Method. We analyzed the studies published originally in English in the last five years, using the MEDLINE (National Library of Medicine) database. The studies were selected and outcomes evaluated were study focus and intervention results. The levels of evidence from the assessed studies were judged by two independent reviewers. Results. Ten studies, which fulfilled the selection criteria. The analysis of the same allowed to identify that the implementation of palliative care reduced the length of ICU stay, the need for medication and did not impact on higher mortality of the patients. On the other hand, the main difficulties were related to the difficulty of a consensus by the health team about the severity of the individual's condition, marking a delay in the beginning of the palliative care and aversion of the family to accept a series of care that no longer aims at the cure Of an entity in a serious or incurable state. Conclusion. In order for palliative care to be successfully implemented, wide communication and agreement among members of the health team, including the physician responsible for coordinating this type of care, is important. Then this security for the best treatment to be directed to the patient should be passed on to the family which can also be included in certain actions. Finally, the benefits of such care have direct implications on the quality of life of patients and their relatives, but they also bring benefits to the hospital and ICUs, with bed release and minimization of expenses with medications and aggressive interventions and Unnecessary to maintain the life of the non-curative patient-oriented approaches.

Introdução. Os cuidados paliativos são uma série de abordagens voltadas para o paciente sem possibilidade de cura (PSPC) que visam manter seu bem-estar e de sua família, extinguindo-se intervenções agressivas e desnecessárias. No contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estes pacientes precisam ser prontamente identificados pela equipe de saúde que deve estar pronta para fornecer os cuidados reais de que este indivíduo necessita em um momento delicado de morte iminente. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar as intervenções de cuidados paliativos em pacientes admitidos na UTI. Método. Foram analisados os estudos publicados originalmente na língua inglesa, nos últimos cinco anos, tendo como referência a base de dados MEDLINE (National Library of Medicine). Dos estudos selecionados foram avaliados o foco do estudo e resultados da intervenção. Os níveis de evidências dos estudos apreciados foram julgados por dois revisores independentes. Resultados. Dez estudos preencheram os critérios de seleção. A análise dos mesmos permitiu identificar que a implementação dos cuidados paliativos diminuiu o tempo de internação em UTI, a necessidade de medicação e não impactou em maior mortalidade dos pacientes. Em contrapartida, as principais dificuldades estabelecidas foram referentes à dificuldade de um consenso pela equipe de saúde sobre a gravidade do estado do indivíduo, demarcando um atraso no início dos cuidados paliativos e aversão da família em aceitar uma série de cuidados que não visam mais a cura de um ente em estado grave ou incurável. Conclusão. Para que os cuidados paliativos sejam implementados com sucesso é importante ampla comunicação e concordância entre os membros da equipe de saúde, inclusive do médico responsável por coordenar este tipo de cuidados. Em seguida, esta segurança para com o melhor tratamento a ser direcionado ao paciente deve ser transmitida para a família que também pode ser incluída em determinadas ações. Por fim, os benefícios advindos de tais cuidados têm implicações diretas na qualidade de vida do paciente e de seus parentes, mas também trazem benefícios para a instituição hospitalar e para as UTIs, com liberação de leitos e minimização dos gastos com medicações e intervenções agressivas e desnecessárias para manutenção da vida do PSPC.