Enterobacteriaceae resistentes à carbapenêmicos - espécies e identificação: um artigo de revisão
Autor(es)
Patrícia Porto
Orientador
Harleson Lopes de Mesquita
Idioma
Por
País
Brasil
Editor
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
Curso
Análises Clínicas e Toxicológicas
Sigla da Instituição
FCMS/JF
Tipo de Acesso
1
Assunto
Enterobacteriaceae, Carbapenêmicos, Resistência, Material biológico, Teste de Hodge modificado, CLSI
Abstract
Objective. To describe, through a review of the scientific literature, the main enterobacteria resistant to carbapenems, the main biological materials where these are found and the methods used to identify these microorganisms. Method. We analyzed the studies originally published in English between 2008 and 2011, with reference to the PubMed NCBI (National Institutes of Health) databases, as well as Technical Note No 1/2010 of the Agency National Health Surveillance Agency (ANVISA) and specific literature for microbiological diagnosis. To identify these microorganisms, the Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) has techniques, such as the Hodge Modified Test for screening and confirmation, despite its limitations. Molecular biology techniques have identified the common and responsible gene for resistance, blaKPC. Results. Carbapenem-resistant bacteria, antibiotics for restricted hospital use, have become of relevance in the scientific community since its first identification in the United States in 1998. Producers of the carbapenemase enzyme capable of hydrolyzing carbapenems are called "super bacteria". They may cause infections in the community, but are frequent causes of death in intensive care units (ICUs) worldwide due to the mechanism of action of the resistant bacteria, making it difficult for antimicrobial therapy. Although the first reported outbreak was Klebsiella pneumoniae, which gave the name to the enzyme - KPC, other enzymes were also detected, such as Escherichia coli, Serratia marcecens, Enterobacter spp, Pseudomonas aeruginosa. In several biological materials the KPC lineage was found, such as urine, tracheal secretion, wound secretion, blood, but the most commonly identified material was in the rectal swab. Conclusion. This review endorses that KPC can be found in several biological samples, mainly in the "rectal swab" due to the habitat of the family Enterobacteriaceae. The Hodge Modified Test is used worldwide for the screening of these bacteria and can be used as a confirmatory test, even with its limitations, when molecular biology research is 5 not possible. Plamids containing the gene encoding resistance may be present in several species of the enterobacteriaceae family, not only Klebsiella pneumoniae, which was the first identified.
Resumo
Objetivo. Descrever por meio de uma revisão da literatura científica, as principais enterobactérias resistentes à carbapenêmicos, os principais materiais biológicos onde estas são encontradas e os métodos empregados na identificação destes microorganismos. Método. Foram analisados os estudos publicados originalmente na língua inglesa, entre os anos de 2008 e 2011, tendo como referência as bases de dados PubMed NCBI (US National Library of Medicine, National Institutes of Health), além da Nota Técnica No 1/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e literatura específica para diagnóstico microbiológico. Para identificar estes microorganismos, o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) dispõe de técnicas, como o Teste Modificado de Hodge para sua triagem e confirmação, apesar de suas limitações. Técnicas de biologia molecular identificaram o gene comum e responsável pela resistência, o blaKPC. Resultados. As bactérias resistentes aos carbapenêmicos, antibióticos de uso hospitalar restrito, tomaram relevância na comunidade científica desde sua primeira identificação, nos Estados Unidos, em 1998. Produtoras da enzima carbapenemase, capaz de hidrolisar carbapenêmicos, são denominadas “super bactérias”. Podem causar infecções na comunidade, mas são causas de óbito freqüente em unidades de terapia intensiva (UTI) em todo mundo, devido ao mecanismo de ação da bactéria resistente, dificultando a terapia antimicrobiana. Apesar do primeiro surto relatado ter sido da espécie Klebsiella pneumoniae, a qual deu o nome a enzima - KPC, em outras espécies também foram detectadas a enzima, como a Escherichia coli, Serratia marcecens, Enterobacter spp, Pseudomonas aeruginosa. Em diversos materiais biológicos foram encontrados a linhagem KPC, como urina, secreção traqueal, secreção de ferida, sangue, mas o material mais comumente identificado foi no “swab” retal. 3 Conclusão. Essa revisão endossa que a KPC pode ser encontrada em diversas amostras biológicas, principalmente no “swab retal”, devido ao habitat da família Enterobacteriaceae. O Teste Modificado de Hodge é usado mundialmente para triagem dessas bactérias e pode ser usado como teste confirmatório, mesmo com suas limitações, quando a pesquisa por biologia molecular não for possível. Os plamídeos que contém o gene que codifica resistência podem estar presentes em várias espécies da família enterobacteriaceae, não só na Klebsiella pneumoniae, que foi a primeira identificada.
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