Esofagite eosinofílica e seu tratamento com imunobiológicos: uma revisão sistemática

Virgílio Augusto Pedreira Pinto

Por

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Alergia e Imunologia Clínica

FCMS/JF

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Alergia e imunologia, Imunobiológicos, Esofagite eosinofílica, Tratamento, Revisão sistemática

Introdução: A Esofagite Eosinofílica apresenta tratamento convencional através do uso de medicações inalatórias para asma deglutido e da terapia de exclusão alimentar, porém os riscos do uso de corticoesteroides a longo prazo e a diminuição da qualidade de vida na exclusão alimentar a prejudicam. Objetivos: Verificar, por meio de uma revisão sistemática, a efetividade das terapias com anticorpos monoclonais existentes atualmente no tratamento da EoE e identificar qual o mais eficaz. Métodos: Foram analisados os mais relevantes estudos publicados, nos últimos 13 anos, tendo como referência as bases de dados MEDLINE (National Library of Medicine e National Institutes of Health) e SciELO. Com objetivo de selecionar os estudos de maior evidência científica, contemplamos ensaios clínicos abertos, duplo cego randomizados, placebo controlados. Para identificar os delineamentos dos estudos, foram empregados os seguintes termos (palavras-chaves): "Eosinophilic esophagits” AND Treatment; "Eosinophilic esophagits". Resultados: Foram analisados 10 artigos por se enquadrarem na metodologia envolvendo a temática de tratamento da EoE através do uso de agentes monoclonais. Três estudos mostraram-se eficaz, aqueles que avaliaram os biológicos cuja ação inibe a IL-4 e a IL-13 e obtiveram na avaliação clínica redução dos escores de sintomas e sinais endoscópicos, além de reduzir a contagem de eosinófilos por campo microscópico em biópsia esofágica. Entretanto, a diversidade metodológica dos estudos avaliados dificultou uma comparação estatística entre os parâmetros analisados. Conclusão: O tratamento com biológicos para EoE é uma área de crescente interesse e relevância apontando uma alternativa terapêutica importante para pacientes mais graves, sendo os inibidores de IL-4 e de IL-13 os mais promissores. Assim, esperamos a realização de novos ensaios clínicos para avaliarmos essa promissora possibilidade terapêutica que poderá certamente contribuir nos casos em que a dieta de restrição alimentar e ou o uso de corticoides e inibidores de bomba de prótons não apresentem resultados satisfatórios.