Glutamina como estratégia terapêutica nas doenças inflamatórias intestinais: uma revisão sistemática
Autor(es)
Carlos Murilo Schanuel
Orientador
Luiz Carlos Bertges
Idioma
Por
País
Brasil
Editor
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
Curso
Gastroenterologia
Sigla da Instituição
FCMS/JF
Tipo de Acesso
1
Assunto
Glutamina, Doença inflamatória intestinal
Abstract
Introduction: Glutamine is a non-essential L-?-amino acid, a polar compound by the presence of the amide groups. It is involved in maintaining the intestinal mucosal barrier by acting on gene expression, cell proliferation, differentiation, apoptosis, oxidative action and immune system regulation. Because of its importance to the endothelium, glutamine has been the subject of studies for the protection and preservation of the intestinal mucosa against atrophy caused by inflammatory bowel diseases (IBD). Objectives: To verify through a systematic review the efficacy of Glutamine in IBD. Methods: The most relevant studies were analyzed in the MedLine databases, with only randomized controlled trials (RCTs) being considered. The search strategy used the following keyword combinations: Glutamine; "Inflammatory Bowel Disease". To identify the study designs, the following terms were used: Randomized Controlled Trial, Humans. Results: Six articles that demonstrated controversy regarding the efficacy of Glutamine in the treatment of IBD were included in the scope of this review. Each study promoted a different dosage, form of administration and period of ingestion. Conclusion: According to the observed, results it can be inferred that glutamine supplementation in IBD did not cause to prejudice to the patients. Nevertheless, both the improvement of the intestinal permeability and the modulation of the immune and inflammatory response were obtained, verifying the efficacy of glutamine in IBD. Even though these strategies are very promising, and appear to be useful in some settings, more clinical studies are needed to firmly establish the relevance of Glutamine supplementation in IBD. For this, more research is needed to determine the optimal dosage, time, route and form of administration for a better utilization of this amino acid by enterocytes and for the maintenance of homeostasis.
Resumo
Introdução: A glutamina é um L-?-aminoácido não essencial, um composto polar pela presença dos grupos amida. Ela está envolvida na manutenção da barreira da mucosa intestinal, atuando na expressão gênica, na proliferação celular, na diferenciação, na apoptose, na ação oxidativa e na regulação do sistema imunológico. Devido a sua importância para o endotélio, a glutamina passou a ser alvo de estudos para a proteção e a preservação da mucosa intestinal contra a atrofia provocada pelas doenças inflamatórias intestinais (DII). Objetivos: Verificar por meio de uma revisão sistemática a eficácia da Glutamina nas DII. Métodos: Foram analisados os mais relevantes estudos nas bases de dados MedLine, sendo contemplados somente os ensaios clínicos controlados e randomizado (ECCR). A estratégia de busca utilizou as seguintes combinações de palavras-chave: Glutamine; “Inflammatory Bowel Disease”. Para identificar os delineamentos dos estudos, foram empregados os seguintes termos: Randomized Controlled Trial, Humans. Resultados: Fizeram parte do escopo desta revisão seis artigos que demonstraram haver controvérsia em relação à eficácia da Glutamina no tratamento das DII. Cada estudo promoveu posologia, forma de administração e período de ingestão de forma diferente. Conclusão: De acordo com os resultados observados, pode-se inferir que a suplementação de glutamina nas DII não acarretou em prejuízo para os pacientes. Ainda assim, obteve-se tanto melhora da permeabilidade intestinal, quanto da modulação da resposta imune e inflamatória, verificando a eficácia da glutamina nas DII. Mesmo que essas estratégias se mostrem muito promissoras e pareçam ser úteis em alguns contextos, mais estudos clínicos são necessários para estabelecer firmemente a relevância da suplementação da Glutamina nas DII. Para isso, são necessárias mais pesquisas que determinem a posologia, o tempo, a via e a forma de administração ideais para um melhor aproveitamento desse aminoácido pelos enterócitos e para a manutenção da homeostase.
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