Linfoproliferação e autoimunidade: relato de uma apresentação atípica de síndrome de digeorge
Autor(es)
Lia Maria Bastos Peixoto Leitão
Orientador
Janaira Fernandes Severo Ferreira
Idioma
Por
País
Brasil
Editor
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
Curso
Alergia e Imunologia Clínica
Sigla da Instituição
FCMS/JF
Tipo de Acesso
1
Assunto
Linfoproliferação, Autoimunidade, Síndrome de Digeorge
Abstract
Introduction: DiGeorge syndrome (DGS) belongs to the spectrum of manifestations of chromosome 22q11.2 deletion syndrome, with emphasis on thymic and parathyroid aplasia and congenital heart disease. Objective: To report an atypical clinical case of SDG in a child with chronic lymphoproliferation, autoimmunity and progression to parathyroid lymphoma. Case report: 6-year-old female child, history of congenital heart disease and autoimmunity, with mild facial dimorphism, without hypocalcemia. At 8 months of age, she started to present with febrile hepatosplenomegaly and disseminated progressive lymphadenopathy, which evolved into marginal zone lymphoma in the parathyroid region. A genetic panel was performed for autoimmune lymphoproliferative syndromes (ALPS) and no pathogenic variants were found. Empirical treatment was performed for ALPS, with partial response to corticosteroid therapy. A genetic panel for inborn errors of immunity was performed, with a TBX1 gene mutation being found, and a subsequent MLPA examination confirmed the presence of a pathogenic deletion in the regions associated with DGS. Discussion: We describe the first case of DGS with manifestations of chronic lymphoproliferation and progression to parotid lymphoma. The mutation found in this case is associated with lymphoproliferation and malignancy, such as COMT, the SMARCB1 and DGCR8 genes, in addition to the TBX1 gene witch is associated with cardiac, craniofacial, thymic and parathyroid defects. The genetic basis for the high variability and penetrance of SDG symptoms remains unknown and influences the observed clinical variability. Conclusion: Although common, the lack of recognition of the condition and familiarity with genetic tests, in addition to the great variability of the clinical presentation of SDG, postpones the diagnosis. Early diagnosis can positively influence the evolution of the case.
Resumo
Introdução: A síndrome de DiGeorge (SDG) pertence ao espectro de manifestações da síndrome de deleção do cromossomo 22q11.2, com destaque para a aplasia tímica e das glândulas paratireoides e cardiopatia congênita. Objetivo: Relatar caso clínico atípico de SDG em uma criança com quadro de linfoproliferação crônica e autoimunidade, com progressão para linfoma de parótida. Relato do caso: Criança de 6 anos de idade, sexo feminino, histórico de cardiopatia congênita e autoimunidade, com discretos dimorfismo faciais, sem hipocalcemia. Aos 8 meses de idade iniciou quadro de hepatoesplenomegalia febril e linfoadenopatia disseminada e progressiva, que evoluiu para um linfoma da zona marginal em região de parótidas. Realizou painel genético para síndromes linfoproliferativas autoimunes (ALPS), não sendo encontradas variantes patogênicas. Feito tratamento empírico para a ALPS, com resposta parcial a corticoterapia. Realizado o painel genético para erros inatos da imunidade, sendo encontrada mutação gene TBX1, e posteriormente exame MLPA, confirmou a presença de uma deleção patogênica nas regiões associadas a SDG. Discussão: Descrevemos o primeiro caso de SDG com manifestações de linfoproliferação crônica e evolução para linfoma de parótidas. As mutações encontradas neste caso estão associadas a linfoproliferação e malignidade, como a COMT, os genes SMARCB1 e DGCR8, além do gene TBX1, associado aos defeitos cardíacos, craniofaciais, tímicos e da paratireoide. A base genética para a alta variabilidade e penetrância dos sintomas da SDG permanece desconhecida e influenciam a variabilidade clínica observada. Conclusão: Embora comum, a falta de reconhecimento da condição e de familiaridade com os testes genéticos, além da grande variabilidade da apresentação clínica da SDG, posterga o diagnóstico. O diagnóstico precoce pode influenciar positivamente a evolução do caso.
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