Posição prona em tempos de pandemia de COVID-19 em unidades de terapia intensiva: scoping review

Frederico Monteiro de Oliveira, Querem Evelyn da Silva Pereira

Edith Monteiro de Oliveira

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Medicina Intensiva

FCMS/JF

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Decúbito ventral, Infecções por coronavirus, Unidades de terapia intensiva

Objective: Describe the scientific evidence available in the current literature about the use of the prone position in assisting patients affected by COVID-19, assisted in Intensive Care Units. Methods: It is a scoping review and the PRISMA - Extension for Scoping Reviews instrument was used to write the study. An online search of the literature was carried out from January to March of the year 2021. The survey of the information took place in the virtual environment in the following scientific bases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online - MEDLINE, Spanish Bibliographic Index of Health Sciences - IBECS and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences - LILACS, through the Virtual Health Library - VHL portal and resulted in 100 studies, of which 11 comprise the sample. Results: The results suggest the use of the prone position for 16 hours or more, being the basis for the adoption of this technique, mainly hypoxemia, pneumonia and low oxygen saturation. Some unsuccessful outcomes related to the use of this technique have also been identified, as well: intolerance to the prone position, no reduction in the need for intubation, no change in mortality and no lasting improvement in oxygenation. However, the positive outcomes stood out considerably from the unsuccessful ones, especially with regard to the improvement in oxygenation, as measured by the PaO2 / FiO2 ratio. Conclusions: However, the application of the prone position was pointed out with a technique secondary to the use of HFNC, CPAP and VMI, but this is considered a safe, beneficial and viable therapeutic intervention, and should be started as early as possible, with a view to better results.

Objetivo. Descrever as evidências científicas disponíveis na literatura atual, acerca da utilização da posição prona na assistência aos pacientes acometidos pela COVID-19, assistidos em Unidades de Terapia Intensiva. Método. Trata-se de um scoping review e o instrumento PRISMA - Extension for Scoping Reviews foi utilizado para a redação do estudo. Realizou-se uma busca online da literatura no período de janeiro a março do ano de 2021. O levantamento das informações se deu no ambiente virtual nas seguintes bases científicas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – MEDLINE, Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde – IBECS e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS, através do portal da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS e resultaram em 100 estudos, dos quais 11 compõem a amostra. Resultados. Os resultados sugerem a utilização da posição prona durante 16 horas ou mais, sendo fundamento para a adoção desta técnica, principalmente, a hipoxemia, a pneumonia e a baixa saturação de oxigênio. Alguns desfechos não exitosos relacionados à utilização desta técnica, também foram identificados, assim como: intolerância à posição prona, não redução da necessidade de intubação, não alteração na mortalidade e não melhora duradoura da oxigenação. Entretanto, os desfechos positivos sobressaíram-se, consideravelmente, aos não exitosos, principalmente no que tange a melhoria da oxigenação, aferida pela relação PaO2/FiO2. Conclusão. Contudo, a aplicação da posição prona foi apontada com uma técnica secundária à utilização de HFNC, CPAP e VMI, porém considera-se esta uma intervenção terapêutica segura, benéfica e viável, devendo ser iniciada o mais precocemente, com vistas a melhores resultados.