Preditores para falha na extubação de recém-nascidos prematuros submetidos à ventilação mecânica

Larissa de Souza , Marcelly Oliveira Pinton

Bruno Rabite Dornelas

Felipe Almeida de Souza

Ana Paula Ferreira

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Fisioterapia

FCMS/JF

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Respiração artificial, Extubação, Fatores de risco, Recém-nascido prematuro

Introduction. The orotracheal intubation (OTI) is used as a support aiming to increase the survival of premature newborns (PNB), being widely used in neonates, due to its possible complications. Prolonged exposure to mechanical ventilation is associated with some adverse events, therefore, extubation should be performed as early as possible. Objectives. The aim of this study is to identify the main predictors for extubation failure in premature patients with gestational age (GA) < 37 weeks. Methods. Observational and retrospective study, with data collection from newborns (NBs) admitted to the neonatal ICU of a teaching hospital in Juiz de Fora, MG, Brazil. Retrospectively, data from 30 newborns who underwent mechanical ventilation (MV) and extubation were analyzed. For statistical analysis, the sample was characterized, and the variables were submitted to the chi-square test of independence using the software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Correlation analyses were performed using Pearson's or Spearman's correlation tests, and a significance level of ? = 5% was adopted for the variables analyzed. Results. The present study involved 30 PIs who met the inclusion criteria; of these, 6 (20%) cases presented extubation failure. Among the preterm infants who were extubated, 24 (80%) were successful and 6 (20%) had extubation failure. No statistical difference was observed among GA, birth weight, 5' Apgar score, days of mechanical ventilation, underlying causes and acquired causes at admission, blood gas and laboratory tests. Only the male gender was identified as a risk factor for extubation failure (p=0.019). Conclusion. The present study showed a significant difference between the occurrence of extubation failure in relation to the RN gender, with males prevailing with a higher rate.

Introdução. A intubação orotraqueal (IOT) é usada como suporte visando aumentar a sobrevida dos recém nascidos prematuros (RNPT’s), sendo amplamente utilizada em neonatos, devido as suas possíveis complicações. Porquanto, a exposição prolongada à ventilação mecânica está associada a alguns eventos adversos, devido a isso, busca-se realizar a extubação o mais precoce possível. Objetivos. O objetivo deste estudo é identificar os principais preditores para falha da extubação de pacientes prematuros, com idade gestacional (IG) < 37 semanas. Métodos. Estudo observacional e retrospectivo, com o levantamento de dados dos recém-nascidos (RN’s) internados na UTI neonatal de um hospital de ensino, localizado no município de Juiz de Fora-MG. Foram analisados retrospectivamente dados de 30 RNPT’s, no qual foram submetidos à ventilação mecânica (VM) e ao processo de extubação. Para a análise estatística, foi realizado a caracterização da amostra, e as variáveis submetidas ao teste qui-quadrado de independência utilizando o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). As análises de correlações foram realizadas por meio dos testes de correlação de Pearson ou de Spearman, sendo adotado nível de significância de ? = 5% para as variáveis analisadas. Resultados. O presente estudo envolveu 30 RNPT’s que atenderam aos critérios de inclusão, destes, 6 (20%) casos apresentaram falha da extubação. Dentre os prematuros que foram extubados, 24 (80%) resultaram com sucesso e 6 (20%) falharam na extubação. Não observamos diferença estatistica entre as variáveis IG, peso ao nascimento, apgar 5’, dias de ventilação mecânica, causas bases e adquiridas na internação, exames gasometricos e laboratoriais. Apenas o sexo masculino foi identificado como fator de risco para falha da extubação (p=0,019). Conclusão. O presente estudo mostrou diferença significativa entre a ocorrência de insucesso na extubação em relação ao sexo do RN, prevalecendo o sexo masculino com uma maior taxa.