Prevalência de esquistossomose no Brasil: uma revisão sistemática

Camila Aparecida Coelho Rodrigues, Carla Ferraz de Matos

Patricia Guedes Garcia

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Análises Clínicas e Toxicológicas

FCMS/JF

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Esquistossomose, Prevalência, Saúde-pública

Schistosomiasis mansoni is a serious public health problem in the country. The objective of this study was to identify, through a systematic review, the prevalence of the disease in the Brazilian regions. For this, a systematic review was carried out with reference to MEDLINE (National Library of Medicine) and SciELO. Over the last ten years, 363 studies involving disease prevalence rates have been identified. From these were inserted the studies of greater relevance of the topic approached according to the inclusion and exclusion criteria selected by reviewers of the theme. The studies analyzed involved the residents of the main endemic areas of the disease and it is possible to verify high prevalence rates in the states of the Northeast region and some regions of the state of Minas Gerais, where certain localities present rates higher than those observed by the Schistosomiasis Control Program from the government. This study pointed out that the prevalence of schistosomiasis is higher in men and children in rural areas in the first three decades of life and is directly related to socioeconomic, educational, demographic and cultural factors. It was concluded that there is a need for emergency measures and a greater investment in health, socioeconomic and health improvements, since these are the basis for the remodeling of schistosomiasis in the country.

A Esquistossomose mansônica constitui um problema grave de saúde pública no país. O objetivo deste estudo foi identificar por meio de uma revisão sistemática a prevalência da doença nas regiões brasileiras. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática tendo como referência a base de dados MEDLINE (National Library of Medicine) e SciELO. Identificaram nos últimos dez anos, 363 estudos envolvendo as taxas de prevalência da doença. Destes foram inseridos os estudos de maior relevância do tema abordado de acordo com critérios de inclusão e exclusão selecionados por revisores estudiosos da temática. Os estudos analisados envolveram os residentes das principais áreas de endemia da doença sendo possível verificar taxas de prevalências altas nos estados da região Nordeste e algumas regiões do estado de Minas Gerais, onde certas localidades apresentam taxas mais elevadas que as observadas pelo Programa de Controle da Esquistossomose do governo. Este estudo apontou que a prevalência da esquistossomose é maior em homens e crianças de áreas rurais nas três primeiras décadas de vida e está diretamente relacionada a fatores socioeconômicos, educacionais, demográficos e culturais. Concluiu-se que há necessidade de medidas emergenciais e um maior investimento em melhorias sanitárias, socioeconômicas e na saúde, pois, estes são a base para o remodelamento da esquistossomose no país.