Repositório Institucional - RI

Relevância da sedimentoscopia em urinas com características físico-químicas normais

Marcelo de Assis Cruzeiro, Paula Knüpfer de Oliveira, Rafaela Nassif Rezende

Giuliano Reder de Carvalho

Gilson Rodrigues Ferreira

Harleson Lopes de Mesquita

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Farmácia

FCMS/JF

1

Sedimentos, Custos, Urinálise

The routine urinalysis, also known as type 1 or exam Examination Elements of Abnormal urine and sediment (EAS) is among the main tests used in screening for in vitro diagnostic biochemical tests with serum and blood count. The routine urinalysis is basically composed of the physical analysis, chemical and microscopic examination. Urinalysis is one of the oldest forms of diagnosis and assesses suspected urinary tract infection (UTI), and metabolic disorders of other organs (kidney and liver). Some works propose the implementation of the microscopic examination of the urine only in those samples giving physicochemical changes. Or where there is a specific request by the prescriber, or in cases of patients in special situations, such as the elderly, children, hospitalized patients. Objective: The objective of this study is to investigate the real need of the examination of the sediment samples that do not show changes in physical examination - chemist. Material and methods: This was a descriptive cross-sectional study from a sample of 100 employees, who provided samples of first morning urine and random, obtained in the city of Juiz de Fora (MG), from April to May 2014 Results:. Through this work it was found that the physical and chemical examination of the urine shows high sensitivity and high negative predictive value. This shows that the negative test results are truly negative, which speaks in favor of selectivity of sediment. Conclusion: The specificity was high, however the result of the positive predictive value was not sufficient for a positive physical and chemical examination to rule out the holding of sediment. But the decision to perform microscopy of the sediment should be each individual laboratory, based on the characteristic of their clientele and it is done when requested by the clinician, as determined by the laboratory protocol or when abnormalities are found on physical-chemical examination .

O exame de urina de rotina, conhecido também como exame de urina tipo 1 ou Exame dos Elementos Anormais e do Sedimento (EAS) está entre os principais testes utilizados na triagem para diagnóstico in vitro junto com os testes bioquímicos no soro e o hemograma. A urinálise de rotina é basicamente composta pelas análises física, química e exame microscópico. O exame de urina é uma das mais antigas formas de diagnóstico e avalia a suspeita de infecção do trato urinário (ITU), além de desordens metabólicas de outros órgãos (rins e fígado). Alguns trabalhos propõem a execução do exame microscópico da urina somente naquelas amostras que apresentarem alterações físico-químicas. Ou ainda quando houver uma solicitação específica por parte do prescritor, ou em casos de pacientes em situações especiais, como idosos, crianças, pacientes internados. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é investigar a real necessidade da realização do exame de sedimentoscopia nas amostras que não apresentarem alterações no exame físico – químico. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal, a partir de uma amostragem de 100 colaboradores, que forneceram amostras de primeira urina da manhã e aleatória, obtidas na cidade de Juiz de Fora (MG), no período de abril à maio de 2014. Resultados: Através deste trabalho foi verificado que o exame físico-químico da urina apresenta elevada sensibilidade e alto valor preditivo negativo. Isso mostra que os resultados negativos do teste são verdadeiramente negativos, o que fala a favor da seletividade da sedimentoscopia. Conclusão: A especificidade foi elevada, no entanto o resultado do valor preditivo positivo não foi suficiente para que um exame físico-químico positivo pudesse descartar a realização da sedimentoscopia. Mas a decisão de se realizar a microscopia do sedimento deve ser de cada laboratório individualmente, com base na característica de sua clientela e que ela seja feita quando solicitada pelo clínico, quando determinada pelo protocolo do laboratório ou quando se encontram anormalidades no exame físico-químico.