Telerreabilitação em crianças e adolescentes com doenças cardiopulmonares: uma revisão sistemática

Ana Carolina Pires Gomes, Mariana Ferreira Lomeu, Michelle Barroso Thomaz

Ana Paula Ferreira

Felipe Almeida de Souza

Cristiane Cenachi Coelho

Manuella Barbosa Feitosa

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Fisioterapia

FCMS/JF

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Telemedicina, Reabilitação, Consulta remota, Crianças

Introduction. Telerehabilitation provides health services through information and communication technologies when distance is a limiting factor. Its use in the pediatric population has achieved good acceptance by practitioners, however there is a scarcity of studies in the child and adolescent population with cardiopulmonary diseases, which should be further investigated. Goals. To verify, through a systematic review, the effects of telerehabilitation, used in children and adolescents from zero to 19 years old. Methods. Studies originally published in English in the MedLine, SciELO and PEDro databases were analyzed. The descriptors used in the research were telehealth, rehabilitation and children. Clinical Trial, Observational Study and 5 years filters were used. For analysis, studies were selected that verified the effects of telerehabilitation in children aged 0 to 19 years with cardiopulmonary diseases. PRISMA systematization was used to improve the reporting of this review. Results. Six studies were included in the scope of this review, involving a total of 552 participants. The findings of the present study showed that children with heart disease may not acquire the same benefits as patients with lung diseases, requiring more complex actions to change the behavior of this population, especially adolescents. In general, it was found that telerehabilitation has shown great positive results. The use of this technology has shown a considerable increase in adults and children, however, some barriers such as the lack of quality internet connection for the success of consultations, in addition to the difficulties of interactions due to the loss of privacy and the lack of familiarity with the technology, should be considered as limiting factors. Conclusion. Telerehabilitation has been shown to be more effective in patients with lung than heart disease, requiring a more playful intervention so that children and adolescents do not feel obligated and find it fun to carry out the treatment.

Introdução. A telerreabilitação fornece serviços à saúde através de tecnologias de informação e de comunicação quando a distância é um fator limitante. Sua utilização na população pediátrica tem alcançado boa aceitação dos praticantes, porém há uma escassez de estudos na população infanto-juvenil com doenças cardiopulmonares, o que deve ser melhor investigado. Objetivos. Verificar, por meio de uma revisão sistemática, os efeitos da telerreabilitação, utilizadas em crianças e adolescentes de zero a 19 anos. Métodos. Foram analisados estudos publicados originalmente em inglês nas bases de dados MedLine, SciELO e PEDro. Os descritores utilizados na pesquisa foram telehealth, rehabilitation e children. Foram utilizados os filtros Clinical Trial, Observational Study e 5 years. Para análise foram selecionados estudos que verificaram os efeitos da telerreabilitação em crianças de zero a 19 anos com doenças cardiopulmonares. A sistematização PRISMA foi usada para melhorar o relato desta revisão. Resultados. Foram incluídos no escopo desta revisão seis estudos que envolveram um total de 552 participantes. Os achados do presente estudo evidenciaram que crianças com doenças cardíacas podem não adquirir os mesmos benefícios que os pacientes com doenças pulmonares, sendo necessária ações mais complexas para mudar o comportamento dessa população, em especial dos adolescentes. De modo geral, verificou-se que a telerreabilitação tem manifestado grandes resultados positivos. O uso desta tecnologia vem apresentando um aumento considerável em adultos e crianças, todavia, algumas barreiras como a ausência de conexão com internet de qualidade para o sucesso das consultas, além das dificuldades de interações devido à perda de privacidade e a falta de familiaridade com a tecnologia, devem ser consideradas como fatores limitantes. Conclusão. A telerreabilitação se mostrou mais efetiva em pacientes com doenças pulmonares do que cardíacas, sendo necessária uma intervenção mais lúdica para que as crianças e adolescentes não sintam como obrigação e achem divertido realizar o tratamento.