Tratamento precoce da má oclusão de classe III, com hipodesenvolvimento maxilar, por meio da técnica de protração da maxila

Flávia Caroline Moreira da Silva

Josemar Parreira Guimarães

Júlio César Rezende

Wanderson Alves

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Ortodontia

FCMS/JF

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Má oclusão de classe III, Expansão rápida da maxila, Protação maxilar

The aim of this study was to review, in the scientific literature, about the early treatment of Class III malocclusion using the maxillary protraction technique. This malocclusion has a strong genetic component with an esthetic and functional injuries of the whole maxillofacial complex. It's characterized by a mandibular prognathism and/or maxillary atresia, in different levels of severity. The Class III skeletal pattem. normally, involves a transversal hipodevelopment of the maxilla. It can be treated by ortophedic appliances, orthodontic camouflage or even be associated with orthognatic surgery, depending the skeletal discrepance seventy, individual growth pattern, and the patient's age in the beginning of treatment. The orthopedic treatment, indicated in patients who still have growth, is based in a growth pattern change, aiming a normal occlusal and intermaxillary relationship. An early intervention is made by extra-oral appliances, such as, chincup, facial mask or both associations, depending the individual skeletal pattem and craniofacial growth. The facial mask is used simultaneously to palatal expansion, because this one disjoint the circumaxillary suture complex, enforcement the orthopedic effects of maxillary protraction. As the results, maxillary (more anterior with a counterclockwise rotation) and mandibular (more lower with a clockwise rotation) position changes take place. In relation to soft tissues, the maxillary protraction brings improvement to the facial profile. An overcorrection is recommended to reduce the relapse effects. The success and the treatment stability are relationed with the later craniofacial growth and with the capacity of structures adaptation to the new skeletal pattem

O objetivo desse estudo foi de pesquisar, na literatura cientifica, acerca do tratamento precoce da má oclusão de Classe III por meio da técnica de protração maxilar. Esta má oclusão apresenta um forte componente genético com comprometimento estético e funcional de todo o complexo maxilofacial. Caracteriza-se pelo prognatismo mandibular, deficiência maxilar ou ambos, em diferentes graus de severidade. O padrão esquelético Classe III geralmente envolve um hipodesenvolvimento transversal da maxila. Pode ser tratada por Ortopedia, camuflagem ortodôntica ou associação com Cirurgia Ortognática, dependendo da severidade da discrepância óssea, do padrão individual de crescimento e da idade do paciente ao iniciar o tratamento. O tratamento ortopédico, indicado em pacientes ainda em crescimento, baseia-se na modificação do padrão de crescimento objetivando uma relação oclusal e intermaxilar normais. A intervenção precoce é feira por meio de aparelhos extrabucais como mentoneira, máscara facial ou associação de ambos, dependendo do padrão individual esquelético e de crescimento craniofacial. O uso da mascara facial é feito concomitante à realização da disjunção palatina, visto que esta desarticula o conjunto de suturas circumaxilar, potencializando os efeitos ortopédicos da protração da maxila. Como resultados, ocorrem alterações no posicionamento maxilar (mais anterior com rotação no sentido anti-horário) e mandibular (mais inferior com rotação no sentido horário). Com relação aos tecidos moles, a protração maxilar acarreta melhoras no perfil facial. A sobrecorreção é recomendada a fim de reduzir os feitos de recidiva. O sucesso e a estabilidade do tratamento estão relacionados com o crescimento craniofacial subsequente e com a adaptação das estruturas ao novo padrão ósseo.