Repositório Institucional - RI

Qualidade de vida e grau de incapacidade após acidente vascular cerebral

Lucas Ramos Alvarenga, Maria Eduarda Pereira Mendes, Maria Octávia Côrtes Cabreira

Zaqueline Guerra Fernandes

Cláudia Maria Maneira Netto Moura

Nathália de Souza Abreu Freire

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Fisioterapia

FCMS/JF

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AVC, Incapacidade, Qualidade de vida, Fisioterapia

Introduction. Cerebral Vascular Accident (CVA) can be defined as the emergence of a sudden neurological deficit caused by deficiency in the blood vessels, arteries or veins of the brain. Approximately 70% of individuals affected by stroke become unable to return to their work activities and 50% of them have difficulties in their Daily Living Activities (ADL's). This inability ends up generating notable complications in the individual's physical, mental and social well-being. Considering the deficiencies, limitations and restrictions commonly observed after stroke, a worsening in the quality of life of those affected can be observed. Objective. To analyze the relationship between the degree of disability of individuals affected by stroke and their quality of life. Methods. Cross-sectional observational study, carried out in a Teaching Hospital, with stroke patients. The information collected was sociodemographic, stroke specific quality of life scale and Barthel index. Results. Pearson's correlation analysis between the total scores of the Barthel Index and the SS-QOl showed a positive and significant correlation (r= 0.67; p= 0.003), that is, having a higher degree of dependence was related to worse quality life of the volunteers in the present study. As for the correlation between the total BI score and the age of these volunteers, the statistical analysis revealed a negative and significant correlation (r= -0.52; p= 0.03), that is, the oldest volunteers were those with the highest degree of dependence. In both significant correlations obtained, the effect size was high. Conclusion. Considering the results reported, we can conclude that in the sample analyzed, a higher degree of dependence was related to a worse quality of life for individuals affected by stroke. Furthermore, older individuals recovering after stroke were those who had the worst quality of life.

Introdução. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por deficiência nos vasos sanguíneos, artérias ou veias, do cérebro Aproximadamente 70% dos indivíduos acometidos pelo AVC tornam-se incapazes de retornar às suas atividades laborais e, 50% deles, apresentam dificuldades nas suas Atividades de Vida Diárias (AVD 's). Essa incapacidade acaba gerando notáveis complicações no bem-estar físico, mental e social do indivíduo. Considerando as deficiências, limitações e restrições comumente observadas após o AVC, pode ser observada uma piora na qualidade de vida das pessoas acometidas. Objetivos. Analisar a relação entre o grau de incapacidade de indivíduos acometidos por AVC e a qualidade de vida deles. Métodos. Estudo observacional transversal, realizado em um Hospital Escola, com pacientes de Acidente Vascular Cerebral. As informações coletadas foram sociodemográficas, stroke specific quality of life scale e índice de Barthel. Resultados. A análise da correlação de Pearson entre os escores totais do Índice Barthel e do SSQOl, apresentou correlação positiva e significativa (r= 0,67; p= 0,003), ou seja, apresentar maior grau de dependência estava relacionado com a pior qualidade de vida dos voluntários do presente estudo. Já a correlação do escore total do IB e a idade desses voluntários, a análise estatística revelou correlação negativa e significativa (r= -0,52; p= 0,03), isto é, os voluntários mais idosos foram os que apresentaram maior grau de dependência. Em ambas as correlações significativas obtidas, o tamanho do efeito foi alto. Conclusão. Considerando os resultados reportados, podemos concluir que na amostra analisada, o maior grau de dependência foi relacionado a uma pior qualidade de vida de indivíduos acometidos pelo AVC. Além disso, os indivíduos mais idosos em recuperação após o AVC foram os que apresentaram pior qualidade de vida.