Repositório Institucional - RI

Probióticos no tratamento e indução da tolerância na alergia à proteína do leite de vaca em lactentes: uma revisão sistemática

Larissa Grobério Lopes Perim

Fernando Monteiro Aarestrup

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Alergia e Imunologia Clínica

FCMS/JF

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Lactobacillus, Bifidobacterium, Probióticos, Alergia à proteína do leite de vaca, APLV

Introduction: Cow's milk protein allergy (CMPA) is the most common food allergy during childhood and occurs due to the development of an exacerbated immune response to the milk protein antigen. Multiple factors corroborate allergic sensitization, such as: genetics, food habits and individuals' standard of living. The balance of the intestinal flora is increasingly studied as a cofactor of food allergies, since the intestinal microbiota acts as an immunomodulator, regulating the body's immune responses. Thus, probiotics can contribute to the treatment of food allergies by treating dysbiosis and restoring regulatory mechanisms. Objective: Analysis of the effectiveness of using probiotics in the treatment, symptom reduction and induction of tolerance to cow's milk protein allergy. Method: Studies that evaluated the effectiveness of treatment and tolerance induction in infants with cow's milk protein allergy were selected. The chosen studies are randomized clinical trials (RCCT), in English, between January 2000 and October 2022, indexed in the PUBMED database. The evidence presented here passed through the scrutiny of an independent reviewer and the final version of the work was constructed along the lines of the PRISMA protocol for systematic reviews. Results: After applying inclusion and exclusion criteria, six studies were selected that showed different efficacy in relation to the use of probiotics in cow's milk protein allergy. Conclusion: More complete studies, with a larger population and without so many divergences in methodology are necessary to investigate the effectiveness of probiotics in tolerance to cow's milk protein allergy

Introdução: A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum durante a infância e ocorre devido ao desenvolvimento de uma resposta imune exacerbada ao antígeno proteico do leite. Múltiplos fatores corroboram com a sensibilização alérgica, tais como: genética, hábitos alimentares e padrão de vida dos indivíduos. O equilíbrio da flora intestinal é cada vez mais estudado como cofator de alergias alimentares, visto que a microbiota intestinal age como imunomodulador, regulando as respostas imunes do organismo. Assim, os probióticos podem contribuir para o tratamento de alergias alimentares, ao tratar a disbiose e restabelecendo os mecanismos regulatórios. Objetivo: Análise da eficácia do uso de probióticos no tratamento, redução de sintomas e indução da tolerância à alergia a proteína do leite de vaca. Método: Foram selecionados estudos que avaliaram a eficácia do tratamento e indução da tolerância em lactantes com alergia à proteína do leite de vaca. Os estudos escolhidos são ensaios clínicos randomizados (ECCR), em inglês, entre janeiro de 2000 a outubro de 2022, indexados na base de dados PUBMED. As evidências aqui apresentadas passaram pelo crivo de uma revisora independente e a versão final do trabalho foi construída nos moldes do protocolo PRISMA para revisões sistemáticas. Resultados: Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados seis estudos que apresentaram eficácias diferentes em relação ao uso do probiótico em alergia à proteína do leite de vaca. Conclusão: Estudos mais completos, com maior número populacional e sem tantas divergências na metodologia se fazem necessários para averiguar a eficácia dos probióticos na tolerância à alergia a proteína do leite de vaca.