Repositório Institucional - RI

Imunoterapia alérgeno-específica associado ao Anti-IgE para o tratamento de rinoconjuntivite e asma: uma revisão sistemática

Alessandra Tellian Jacob

Fernando Monteiro Aarestrup

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Alergia e Imunologia Clínica

FCMS/JF

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Asma, Rinoconjuntivite, Imunoterapia, Anti IgE

Introduction: Allergen-specific immunotherapy is the only treatment modality capable of changing the natural course of allergic diseases.(1). The benefits of subcutaneous immunotherapy must be weighed against the rare real-life risks of systemic allergic reactions and fatal anaphylaxis.(2) Omalizumab prevents early and late-stage allergic skin and lung reactions. Omalizumab has been extensively investigated in moderate to severe asthma in adults and children. It effectively reduces the rates of asthma exacerbation, asthma emergency visits, and hospital admissions among these patients.(3) The present Systematic Review aims to assess whether the use of omalizumab associated with allergen-specific immunotherapy improves efficacy and safety of treatment in patients with Severe Asthma or Rhinoconjunctivitis. Objectives: The aim of the present study was to evaluate the efficacy and improvement of the safety profile in the association of the use of allergen-specific immunotherapy with omalizumab for rhinoconjunctivitis and asthma. Methods: The most relevant studies originally published in English in the last 21 years were analyzed, using the MedLine (National Library of Medicine) database as a reference. Aiming to select the studies with the greatest scientific evidence, only randomized clinical trials were selected. Results: Initially, 17 studies were identified that investigated the association of allergen-specific immunotherapy with anti-IgE, omalizumab. However, after applying the inclusion and exclusion criteria, only seven were included in the scope of this review. Conclusion: In this Systematic Review, the association of omalizumab (Anti-IgE) and allergen-specific immunotherapy showed an improvement in the safety profile and improved efficacy, with less burden and severity of symptoms, less use of rescue medications being a treatment option, for selected cases of patients with Asthma or Rhinoconjunctivitis, decreasing serious adverse events, such as anaphylaxis.

Introdução: A imunoterapia com alérgenos específicos é a única modalidade de tratamento com capacidade de mudar o curso natural das doenças alérgicas(1). Os benefícios da imunoterapia subcutânea devem ser pesados contra os raros riscos reais de vida de reações alérgicas sistêmicas e anafilaxia fatal (2). O omalizumab previne reações alérgicas de fase inicial e tardia da pele e dos pulmões. O omalizumab foi investigado extensivamente na asma moderada a grave em adultos e crianças. Ele efetivamente reduz as taxas de exacerbação da asma, visitas de emergência por asma e internações hospitalares entre esses pacientes(3). A presente Revisão Sistemática tem o objetivo de avaliar se o uso de omalizumab associado a imunoterapia alérgeno-específica melhora a eficácia e a segurança do tratamento nos pacientes com Asma ou Rinoconjuntivite. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia e melhora do perfil de segurança, na associação do uso de imunoterapia alérgeno-específica com omalizumabe para Rinoconjuntivite e Asma. Métodos: Foram analisados os mais relevantes estudos publicados originalmente na língua inglesa nos últimos 21 anos, tendo como referência a base de dados MedLine (National Library of Medicine). Objetivando selecionar os estudos de maior evidência científica, foram selecionados apenas os ensaios clínicos aleatorizados. Resultados: Inicialmente foram identificados 18 estudos que investigaram a associação de imunoterapia alérgeno específica com anti- IgE, omalizumabe. Contudo, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, apenas sete fizeram parte do escopo desta revisão. Conclusão: Nesta Revisão Sistemática, a associação de omalizumabe ( AntiIgE) e imunoterapia alérgeno específica mostrou uma melhora no perfil de segurança e melhora da eficácia, com menor carga e gravidade de sintomas, menor uso de medicações de resgate sendo uma opção de tratamento, para casos selecionados de pacientes com Asma ou Rinoconjuntivite, diminuindo os 3 eventos adversos graves, como a anafilaxia. Contudo, ainda há necessidade de estudos há longo prazo, no uso desta associação.