Repositório Institucional - RI

Metástase em sítio de punção de trocater: um empecilho para a cirurgia minimamente invasiva em oncoginecologia?

Bruna Cristina Franca Camargo Freitas, Bruna Cristina Franca Camargo Freitas, Elaine Alessio de Jesus

Alexandre Pitorri

Por

Brasil

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora

Endoscopia Ginecológica

FCMS/JF

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Portal de trocarte, Neoplasia, Metástase, Oncoginecologia, Laparoscopia

Objectives: Study literature data to clarify port site metastasis (MSPT) risk factors, pathophysiology and prevention in minimally invasive surgery in oncogynecology. Methods: A systematic literature review, based on search PubMed database with the terms port[All Fields] AND site[All Fields] AND ("neoplasm metastasis"[MeSH Terms] OR ("neoplasm"[All Fields] AND "metastasis"[All Fields]) OR "neoplasm metastasis"[All Fields] OR "metastasis"[All Fields]) AND “gynecological"[All Fields] and supplemented the review with Google Scholar articles totaling 19 articles. Results: MSPT causes seem to be multifactorial, the main risk factors are the aggressiveness of the tumor and the surgical technique. High-grade tumors and ascites greater than 500ml were independent risk factors found in the literature. Adipose tissue behaves as a good soil for tumor cell growth, and pneumoperitoneum acidity and chimney effect help in MSPT pathophysiology. The use of local anesthesia and pneumoperitoneum with a stable insufflation system do not reduce the risk of MSPT. As a risk reduction measure, the technique of closing all layers at the port site including the peritoneum had good statistical significance in our review. Conclusion: Randomized and prospective studies will help to determine the better option for prevention and treatments. The possibility of MSPT should not exclude the minimally invasive route in oncogynecology, because it is a low incidence complication and presents ways to risk reduction.

Objetivo: Compilar dados da literatura na tentativa de esclarecer os fatores de risco, fisiopatologia e formas de prevenção das metástases em sítio de portal de trocarte (MSPT) na cirurgia minimamente invasiva em oncoginecologia. Método: Realizado revisão sistemática de literatura, a partir de busca bibliográfica na base de dados PubMed com os termos “port[All Fields] AND site[All Fields] AND ("neoplasm metastasis"[MeSH Terms] OR ("neoplasm"[All Fields] AND "metastasis"[All Fields]) OR "neoplasm metastasis"[All Fields] OR "metastasis"[All Fields]) AND “gynecological"[All Fields]” e complementado a revisão com mais artigos do Google Scholar totalizando 19 artigos presentes nos resultados desse trabalho. Resultados: A causa da MSPT parece ser multifatorial, os principais fatores de risco são a agressividade do tumor e a técnica cirúrgica empregada. Tumores de alto grau e ascite maior que 500 ml foram fatores de risco independentes encontrados na literatura. O tecido adiposo se comporta como um bom solo para crescimento de células tumorais auxiliando em conjunto com a acidez do dióxido de carbono e o efeito chaminé do pneumoperitônio na fisiopatologia da MSPT. O uso de anestesia local e o uso de pneumoperitônio com sistema de insulflação estável não reduz o risco de MSPT. Como medida de redução de risco, a técnica de fechamento de todas as camadas no sítio de punção incluindo o fechamento do peritônio teve boa significância estatística em nossa revisão. Conclusão: Estudos randomizados e prospectivos são necessários para determinar a melhor opção para prevenção e tratamentos. A possibilidade de MSPT não deve excluir a via minimamente invasiva na oncoginecologia, pois trata-se de uma complicação de baixa incidência e que apresenta medidas de redução de risco.