Uso de probióticos na alergia alimentar e dermatite atópica: uma revisão sistemática
Autor(es)
Paola Branco Schweitzer
Orientador
Fernando Monteiro Aarestrup
Idioma
Por
País
Brasil
Editor
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
Curso
Alergia e Imunologia Clínica
Sigla da Instituição
FCMS/JF
Tipo de Acesso
1
Assunto
Probióticos, Alergia alimentar, Dermatite atópica
Abstract
Objective. To analyze whether probiotics have beneficial effects in patients with food allergy and atopic dermatitis. Method. We analyzed studies published in Portuguese and English version, between 2009 and 2019, in the Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed/Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO), to identify studies on probiotics, food allergy and atopic dermatitis. Inclusion criteria were: (1) randomized clinical trials; (2) studies with the words "allergy", "probiotics", "food allergy", "atopic dermatitis" and "cow's milk protein allergy". The following were excluded: case studies, letters to the editor, studies with animal and articles prior to 2009. Results. Twenty-one literatures were part of the study, being nine randomized clinical trials used in the results. Few studies have explored the relationship between probiotics and food allergy alone. Clinical information on probiotics and food allergy is derived from studies of patients with atopic dermatitis. Of the nine studies reviewed, three showed the relationship between probiotics in atopic dermatitis and food allergy, three on cow's milk protein allergy (CMPA) probiotics, two on peanut food allergy, and one on allergy prevention in healthy children. Most studies have reported, following probiotics, improved tolerance to milk and peanuts by prick test or specific IgE, decreased allergy with dermatologic manifestation, and relief of intestinal inflammation. Another study showed no effect of probiotics on prevention of allergic conditions. Conclusion. This review infers that certain probiotics used to treat food allergies show positive results that are even conflicting. It is recommended to conduct research on other common types of food allergy (peanuts, eggs, wheat and seafood, etc.), with a larger sample, to clearly show the effects of probiotics in addressing food allergy, and still need these studies to compare the effectiveness of different probiotic strains at reproducible doses in clinical practice.
Resumo
Objetivo. Analisar se probióticos têm efeitos benéficos em pacientes com alergia alimentar e alergia alimentar associada à dermatite atópica. Método. Foram analisados estudos publicados em língua portuguesa e inglesa, entre 2009 e 2019, nas bases de dados Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed/Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO), para identificar estudos sobre probióticos, alergia alimentar e dermatite atópica. Os critérios de inclusão foram: (1) ensaios clínicos randomizados; (2) estudos com as palavras “probióticos”, “alergia alimentar”, “dermatite atópica” e “alergia à proteína do leite de vaca”. Foram excluídos: estudos de caso, cartas ao editor, estudos em animais e artigos anteriores ao ano de 2009. Resultados. Fizeram parte do estudo 21 literaturas, sendo nove ensaios clínicos randomizados utilizados nos resultados. Poucos estudos exploraram a relação probióticos e alergia alimentar isoladamente. A maior parte da informação clínica sobre probióticos e alergia alimentar é derivada de estudos de pacientes com dermatite atópica. Dos nove estudos revisados, três apresentavam a relação probióticos na dermatite atópica e alergia alimentar, três discursam sobre probióticos na alergia a proteína do leite de vaca (APLV), outros dois abordam alergia alimentar ao amendoim e um artigo sobre prevenção de alergias em crianças saudáveis. A maioria dos estudos relatou, após utilização de probióticos, alguma melhora na tolerância ao leite e amendoim através de prick test ou IgE específica, diminuição da alergia com manifestação dermatológica e alívio na inflamação intestinal. Outro estudo não mostrou efeito dos probióticos sobre prevenção de quadros alérgicos. Conclusão. Esta revisão infere que certos probióticos utilizados para o tratamento de alergias alimentares apresentam resultados positivos mais ainda conflitantes. Recomenda-se a realização de pesquisas em outros tipos comuns de alergia alimentar (amendoim, ovo, trigo e frutos do mar, etc.), com amostra maior, para mostrar claramente os efeitos dos probióticos na abordagem da alergia alimentar, e ainda necessita que estes estudos comparem a efetividade de diferentes cepas probióticas em doses reprodutíveis na prática clínica.
downloads desse documento
Sociedade Universitária para o Ensino Médico Assistencial LTDA - SUPREMA
Biblioteca FCMS/JF - SUPREMA
Repositório Institucional - RI repositorio@suprema.edu.br (32) 2101-5041
Todos os Direitos Reservados 2025