Resumo
Objetivo: Verificar a prevalência das lesões musculoesqueléticas em atletas de vôlei do sexo feminino das categorias mirim, infanto-juvenil e juvenil dos principais clubes de Juiz de Fora - MG e verificar o emprego de orientações e medidas preventivas para estas lesões. Métodos: A amostra foi constituída de 48 atletas de vôlei do sexo feminino, com idade média de 16,8 ± 2,8 anos, as quais responderam um questionário semi-estruturado, com o objetivo de colher dados como idade, altura, peso, tempo de prática de vôlei, função que mais desempenham, ocorrência de lesões e medidas preventivas. O teste Qui-quadrado foi utilizado para relacionar a posição ocupada com os tipos de lesões, assim como tipos de lesões com as medidas preventivas realizadas. Para analisar a relação entre lesão e tempo de prática, foi utilizado a Correlação de Pearson. Resultados: O IMC das participantes foi 21,6 ± 2,2 kg/m2. Vinte e nove participantes relataram ter sofrido algum tipo de lesão. A articulação mais comumente acometida foi o tornozelo/pé (34,7%), seguida de dedos/mãos (19,2%), ombros (19,2%), coluna vertebral (15,3%) e joelho (11,6%). Não houve relação entre as variáveis prática de alongamentos, fortalecimento, exercícios pliométricos e treinamento proprioceptivo e a prevenção de lesões (p? 0,82). A posição ocupada não mostrou correlação com lesões (p=0,755). O tempo de prática de vôlei mostrou forte correlação com lesão (r=0,88; p<0,01). Conclusão: As lesões em atletas de vôlei são constantes. Tornozelo, mãos e ombros foram as lesões mais freqüentes e que se relacionam com o tempo de prática total do esporte. O presente estudo não verificou correlação entre a prática de alongamentos, exercícios pliométricos e treinamento proprioceptivo para a prevenção de lesões.